sábado, 31 de julho de 2010

Water Closet

Mais um post com uma foto que não é minha (obrigado SM).
Mais uma pérola de sinalética urbana (desta feita algarvia).
Alguém se atreve a interpretar os seus segundos sentidos?
Só queria adiantar que até no mau design a mulher continua a ser discriminada.

(Tenho pena de há long time ago, e também no Algarve, eu não ter podido fotografar o sinal de trânsito mais «original» que já vi, que era exactamente um sinal de Stop que em vez de ser octogonal, era hexagonal...)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Woody Woodpecker

É pena não ter sido eu a tirar esta fotografia (um obrigado ao João Gonçalves) de uma ementa (até porque nem estou de férias), mas serve para inaugurar a época de Verão.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Letras manuscritas

Quem me conhece sabe que eu e os tipos a imitar letras manuscritas não nos damos muito bem.
Tudo tem a ver com o facto irritante de todas as letras serem iguais entre si – coisa impossível de acontecer quando escrevemos à mão (conforme tenho defendido, se se quiser uma ou duas palavras escritas à mão, escrevam-se à mão [como o próprio nome indica], digitalizem-se e coloquem-se nos trabalhos de design...).
Ainda assim é difícil vivermos sem estes tipos script sobretudo em convites de casamento e em ementas de restaurantes finos, ou com pretensões a tal). No entanto, é preciso saber usá-las! O desgraçado do type designer gasta o seu suór a desenhar as terminações de cada letra de modo a que elas encaixem na perfeição umas nas outras, simulando assim a caligrafia. Por isso mesmo é criminoso espacejar o texto (com tracking positivo ou negativo) conforme se pode ver no "belíssimo" logo do Garrett 29 (prédio de luxo cujos apartamentos estão à venda por 1 milhão e trezentos mil euros cada).
Já que falo nisto: as maiúsculas em letra manuscrita só podem ser usadas no início de frases ou em nomes. Nunca, mas nunca, escrevam palavras manuscritas em caixa-alta, por favor!...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Vi vam as pala vras par tidas

É impressão minha ou há cada vez mais a tendência de em títulos ou slogans
PAR
TIR AS PA
LAVRAS?
Assim como, por exemplo, na exposição
VIVA
A REPÚ
BLICA.

Se um cliente me pedir para fazer o meu próximo cartaz ou capa de livro com palavras partidas vou dizer-lhe que LA
MENTO
MAS TENHO MUITO RES
PEITO PELAS PALA
VRAS COMO UNI
DADES DE INFOR
MAÇÃO E QUE
DEVEM
SER LIDAS
COMO UNIDADES!

Pode ser giro e modernaço e isso tudo mas...

"
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!" (José Régio)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Expandidos totais


Bom! Depois de alguns condensados à pressão, serve o presente post para condenar à morte os expandidos à pressão.
Caramba! Quando um tipo (eu, por exemplo) tem de fazer 4 anúncios iguais para 4 publicações diferentes, eles na realidade não são iguais: cada jornal ou revista tem dimensões particulares dos seus anúncios, como é fácil de perceber. É preciso ter um design comum aos 4, mas cada um deles tem de ser adaptado a cada formato: estica ou encolhe o fundo de um lado, amplia ou reduz a mancha de texto ou as imagens, enfim, é um trabalho aborrecido mas necessário.
Posto isto, devo dizer que fico perturbadíssimo quando se coloca à minha frente um anúncio que foi ou condensado ou expandido como se de borracha se tratasse.
Neste anúncio publicado no Jornal Público, o original com certeza não cabia nas medidas do jornal e "bora lá esticar isto para caber"!
O tipo de letra ficou expandido (também não se perdeu nada porque é Arial), as pessoas ficaram achatadas (como se estivessem em frente a um daqueles espelhos côncavos ou convexos) e pior de tudo: os logótipos ficaram adulterados. Pelo exemplo mostrado em baixo o logótipo/marca «IQnet» que deveria ser circular ficou elíptico.
Nem sei como é que não há pedidos de indemnização nestes casos.
Tenho dito, por hoje.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Restaurantes de Moura

Não sei se foi dos 42ºC que se sentiam em Moura, mas hoje deparei-me com esta placa de estrada original que me informou que se eu fosse em frente tomaria a direcção de Moura e de Restaurantes e que se eu virasse à esquerda iria na direcção de Amareleja e de Póvoa.
As perguntas que se colocam são:
– existirá uma povoação que se chama "Restaurantes"?
– estamos perante uma placa direccional e em simultâneo uma placa de informação turística e/ou gastronómica?
– não há restaurantes na Amareleja e na Póvoa?
– os restaurantes de Moura são melhores que os da Amareleja ou os de Póvoa?
– existe uma organização de proprietários de restaurantes de Moura que querem estragar o negócio aos da Amareleja?

(peço desculpa antecipadamente aos meus amigos de Moura... não foi por mal, ok?)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Abreviaturas, de novo

Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Finalmente tenho uma imagem de "O.ro".
Graças a um amigo que gentilmente ma forneceu.
Já aqui destilei fel acerca de abreviaturas e as que menos suporto são as das Estradas de Portugal.
Mas faltava-me o "cromo" mais valioso. O de "O.ro". Quase tão valioso como o "V.le" (no mítico "Rib.ra V.le Fig.ra").
Há um "O.ro" no começo da Serra Algarvia (de quem vai na A2 a caminho no distrito mais a Sul do país) mas que nunca consegui fotografar.
"O.ro Cabeça" deve querer dizer "Outeiro de Cabeça" (
digo eu).
Eu acho que isto é um jogo que os
engenheiros gráficos do Instituto de Estradas de Portugal (o Inst.o Est.das de Port.al, como saberão) gostam que os condutores façam para passar o tempo morto ao volante das suas viaturas.
Um g.de ab.ço deste bl.er.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Condensado à pressão "tótil"

Quem me conhece sabe que me nascem borbulhas assim que vejo um tipo de letra condensado à pressão e que fico com ataques de pânico sempre que me deparo com uma imagem ou com um logótipo esticado ou encolhido matando as proporções originais entre largura e altura (o famoso "síndrome da falta da tecla shift").
Assim sendo, conseguirão facilmente imaginar a minha cara quando me confrontei com este "cartaz/catálogo de produtos" colocado no exterior do Modelo de Tomar onde tudo (mas tudo) foi condensado na largura aí uns 40% (para caber no suporte disponível). Não só o texto ficou todo esticado na altura como os produtos também. Deparamo-nos, por exemplo, com garrafas de vinho de 750ml a parecerem que têm, no máximo, 200ml de conteúdo.
E juro que não fui eu que condensei esta "coisa" no photoshop.
Gostava de conhecer o autor desta proeza para lhe dar um abraço.