quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Na baía de Cascais

Quem desce de carro a Marginal da Baía de Cascais, depara-se com dezenas de bandeirolas/pendões, cada uma pendurada em seu candeeiro de iluminação pública.
Qualquer um pensaria: "É pá! Está aqui qualquer coisa de importante! Deixa ver o que é…".
Primeira tentativa: "Bolas! Está colocado de costas para mim: não consigo ler nada."
Segunda: "Deixa cá ver aquele ali. De novo ao contrário… talvez no próximo."
"Não dá, também... e este? Nada! Bolas, talvez depois da curva… ao contrário outra vez...".
"Espera que agora há para aí uns dez… um deles tem de estar virado para mim!… hum…Não!…hummmm… Nada de nada!!!"
E assim se gasta dinheiro e assim se perde 50% de público possível.
Será possível que nenhuma alminha se lembrou que bastaria virar uns para um sentido e outros para o sentido contrário, para todos poderem ler?!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mais pictogramas


É mais ou menos consensual que o Metro de Lisboa tem uma boa identidade gráfica [1]. Desde o logo até à sinalética, passando pelos diagramas da rede, fazendo sempre um bom uso de um bom tipo de letra exclusivo e dos seus pictogramas originais.
Hoje reparei (acho que pela primeira vez) nos pictogramas colocados no início de uma escada rolante (no Cais do Sodré, já agora, e depois na estação Baixa-Chiado [2]) e decidi retomar este blogue, há muito abandonado.
Não morro de amores pelos de obrigação (de fundo azul), mas os de proibição obrigam-me a fazer aqui uma interpretação deles (ou de alguns).

Vejamos:
[3] e [4] – Estes são os mais tranquilos. Tenho apenas a dizer que no primeiro os dois senhores estão um bocado incomodados por estarem tão juntinhos, tanto que um deles apoia o pé onde não deve. No segundo temos uma publicidade camuflada à marca de calçado "croc".

[5] – Este pictograma é revelador: diz-nos que pessoas pequenas (se calhar crianças) com a cabeça muito grande e que tenham uma espécie de plataforma (ou almofada) por baixo dos seus traseiros não se podem sentar nos degraus da escada rolante. Provavelmente se retirarem a almofada já se poderão sentar… fica a dúvida.

[6] – Definitivamente o melhor de todos. Ele é um típico "dois-em-um" e diz-nos que:

a) senhoras que tenham saias muito compridas, que levitem ligeiramente e que tenham os seus dois membros superiores muito diferentes um do outro não se devem encostar à escada (o "modelo" deste pictograma, aliás, deve ter sido protagonista de uma cena destas: o seu vestido entalou-se no mecanismo da escada rolante e chegou ao fim da escada com um dos braços com várias fracturas expostas – daí ter os braços diferentes).

b) por fim, todas as pessoas pequenas (ou serão crianças?), que tenham um alto nas costas e uma das pernas extremamente comprida, não se podem sentar em cima do corrimão.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Acordo ortográfico


Tenho andado deslumbrado com o som das novas palavras pós-acordo ortográfico!
A primeira que me chamou a atenção foi a palavra «aspeto», ao lê-la no Jornal Expresso que, por muito que me esforce, só me soa a 'aspêto' (por comparação com a palavra «espeto»).
A segunda surpresa foi a palavra «arquiteta», num trabalho que fiz, e que, na melhor das interpretações, soa a pronúncia de tia de Cascais ('arquitêta').
Hoje foi a cereja no topo do bolo: «setores»! É que aqui não há mesmo volta a dar: o falecido «c» de «sectores» servia para abrir a vogal «e». Agora lê-se a abreviatura de «senhor doutor», o famoso vocábulo usado para denominar os nossos professores (na escola secundária…). Ainda para mais num anúncio a uma universidade.
Não sei se sou contra o acordo, tenho de admitir, mas estas palavras fazem-me questioná-lo...
Alguém quer acrescentar uma palavra que se leia de um modo diferente do da era pré-acordo?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Santos Populares


Ah!... Os Santos Populares estão aí a chegar...
A Cerveja Sagres sabe disso e tanto sabe que resolveu colocar os santos populares a um nível quimbarreirista.
«Até a vizinha marcha» é de um finíssimo recorte literário, fornecido pela fina flor dos copy writers lusitanos...

Summer Fest

Tipo de letra «honesto», fundo giro, cores giras e apropriadas a um festival na Ericeira dedicado ao reggae ("... alguns dos nomes mais consagrados do reggae e não só", pode ler-se no site do festival).
Está tudo muito bem mas... não posso deixar de estranhar o nome do festival: Sumol Summer Fest. Sumol!?!?!
A única imagem que me vem à cabeça é um grupo de malta a fumar uns cigarros de cânhamo, com um ritmo cool de fundo e a emborcar um litro e meio de Sumol pela goela abaixo, mas... não me parece, do modo algum, um cenário credível. I wonder why...

Imprimir e colar

Regresso ao blog depois de um semestre muito preenchido (já tinha saudades...).
Não tenho o hábito de comentar trabalhos não profissionais mas estes dois exemplares de design caseiro «saltaram-me para os olhos» e aqui estão eles.
Tanto um como o outro partilham o mesmo «know how» que basicamente se resume a: "– Ó pá! Temos de fazer aqui um cartaz baratinho! Como é que é? Vamos escrever aí umas palavras no Word, imprimimos em A4 em papel de fotocópia, recortamos e colamos numa cartolina, boa?".
"– Boa!".
O da esquerda é uma homenagem assumida a esse «grande» tipo de letra que é o Comic Sans, e é uma espécie de catálogo de hipóteses matemáticas de quanto se pode esticar e encolher uma fonte. O seu estilo combina na perfeição com o sítio onde se insere: a Rua Garrett, no Chiado.
O da direita, por seu lado, tira partido das potencialidades do tipo Times New Roman (que como toda a gente sabe, com o seu estilo clássico e com as suas serifas proeminentes faz dele uma «excelente» escolha para sinalética e publicidade) e é também um monumento ao uso do hífen na língua portuguesa. Se repararem atentamente a palavra pré-pagamento é uma palavra composta (antes e depois do acordo ortográfico) pelo que precisa de um hífen. Ora o autor do cartaz esqueceu-se de repetir o hífen na linha de baixo (antes de «paga»). Para mostrar que sabe usar hífens, coloca o hífen (bem) no final de paga- e repete-o em -mento (mal).
Não há alguém que vá lá explicar ao senhor como é que se faz?
A cereja no topo do bolo é mesmo o N de pagamento que está rodado 180º. Lindo!...

quarta-feira, 16 de março de 2011

A praga dos versaletes falsos


Estou farto dos falsos "small caps"!
Para quem for mais distraído os versaletes (ou "small caps") são maiúsculas escritas com a altura das minúsculas.
Mas existem dois tipos de versaletes:
a) versaletes verdadeiros (desenhados originalmente pelo designer de tipos) cujo princípio é serem desenhados com a mesma expressão das maiúsculas (exemplos a);
b) versaletes falsos (feitos automaticamente pelo software) cujo princípio é serem uma mera redução visual das maiúsculas (exemplos b).
O problema desta redução forçada (que é normalmente para 70% da dimensão) é que reduz não só a altura como também a espessura. Isto faz com que a palavra não pareça homogénea e torna a simples acção de passar determinada palavra a versaletes num acto de ignorância tipográfica.
O caso mostrado usa o tipo de letra Myriad que foi desenhado originalmente sem "small caps". Se alguém quiser usar versaletes, por favor, certifique-se primeiro que o tipo escolhido os tem, ok?!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mourinho bem perto de nós

Agora que a cidade está repleta dos MUPI com a cara do melhor treinador do mundo importa ver de perto esta campanha do Milennium BCP. Quer dizer... Ver "de perto" nem é preciso porque a cara de Mourinho está tão ampliada que podemos ver de muito longe. Não vos faz lembrar aquelas pessoas que, quando falam connosco, se chegam demasiado perto de nós, de tal modo que ficamos exactamente a saber o que é comeram ao pequeno-almoço? A tendência é sempre darmos um passo atrás... E com esta publicidade também: "ó senhor special one, chegue-se mais para trás, se faz favor!"
E depois temos outro problemazinho: a iluminação. Se virem bem o senhor tem duas fontes de luz principais de sentidos contrários. Uma luz mais difusa que vem do nosso lado direito e uma mais "dura" que vem do nosso lado esquerdo. O resultado é que a ponta do nariz fica mal iluminada e parece que ele está com o nariz encostado ao vidro do MUPI. Cada vez que vejo este cartaz não consigo deixar de pensar que ele está a prestes a fazer aquelas brincadeiras de criança de esborrachar o nariz no vidro, o que não lhe fica nada bem.
E pronto... Parece que para os bancos portugueses terem sucesso, hoje em dia, têm de ter como porta-voz vedetas do futebol com sucesso no estrangeiro. Depois do Cristiano Ronaldo e o BES (ou "beige" como ele próprio pronuncia) temos o Mourinho (que já "teve conta" no BPI) e o BCP. Qual será o próximo?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Photoshop de Ouro


A Serenella Andrade deu a cara pela empresa Valores (uma das muitas empresas em alta em época de crise já que compram os artigos em ouro que as pessoas têm em casa). E quando digo "deu a cara" é de um modo literal já que a face representada no anúncio não é dela, mas sim das "tools" do Photoshop.

É verdade que todos os tutoriais do programa recomendam que se deve aumentar a nitidez ("sharpness") nos cabelos, olhos, lábios e dentes (de um modo que não dê muito nas vistas) e que se deve suavizar a pele para amenizar (de novo, de um modo que não dê muito nas vistas) rugas e imperfeições. Amenizar, ok?
Não é transformar em pele "tipo" borracha, como se alguém se tivesse enganado na dose de Botox a aplicar nas rugas.

O resultado é mais ou menos um ser alienígena, pelo que recomendo à vítima um chorudo pedido de indemnização.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

WC do Casino Estoril

Os pictogramas a assinalar as casas de banho do Casino Estoril são de alguma forma originais e têm uma história que se relata de seguida.
– O senhor aí… queria mandar fazer as "placas" da casa de banho aqui do casino.
– Sim senhor. Como tem um público internacional, recomendo o pictograma recomendado pelo AIGA (American Institute for Graphic Arts).
– Pode ser… mostre lá isso.
– Aqui está.
– Qu'é isso?! A mulher antes do homem?! Troque lá isso e tire aquela "coisa" a separar.
– Mas… aquela "coisa" é uma parede a indicar que existe um espaço próprio para cada sexo.
– Não quero saber, tire lá e mostre-me!
– Aqui tem.
– Só agora é que vi: a mulher é do mesma altura do homem?!?! Mude lá isso…
– Mas os pictogramas são signos icónicos que representam um conceito, não podem nem devem ser realistas. Se assim fosse o melhor era pôr uma fotografia de um homem e de uma mulher.
– Porra homem, quer que eu lhe compre as placas ou não?! Toda a gente sabe que a mulher é mais baixa que o homem!
– Mas, mas…
– Nem mas, nem meio mas: corte aí as pernas à senhora!...
– Mas… a mulher vai parecer atarracada! É que mesmo sendo um desenho sintetizado, as proporções estão correctas.
– Mas quem é que paga aqui ao senhor?
– Ok...



domingo, 30 de janeiro de 2011

Kerning (ou "espacejamento entre 2 caracteres")



Confesso estar envergonhado por só há dias ter tido conhecimento do excelente blog "The Ressabiator", de Mário Moura (http://ressabiator.wordpress.com).
Três dos seus posts mais recentes (com polémica incluída) abordam o "kerning": http://ressabiator.wordpress.com/2011/01/12/atencao-ao-pormenor
http://ressabiator.wordpress.com/2011/01/20/fazer-bom-kerning-pelos-vistos-e-pecado
http://ressabiator.wordpress.com/2011/01/27/tipografia-grafico
e fico feliz em saber que há outros que se preocupam com o pormenor tipográfico.

O kerning é um dos aspectos do espacejamento de texto.
Enquanto que o tracking é o espacejamento geral do texto (que para ser alterado tem de se seleccionar uma palavra, linha de texto ou parágrafo, nos programas gráficos), o kerning é o espacejamento particular entre cada 2 caracteres de um texto (que para ser alterado tem de se colocar o cursor a "piscar" entre cada par de caracteres).
O controlo rigoroso do kerning em programas gráficos não fará sentido em texto corrido (por todas as razões e mais alguma), mas devia ser obrigatório em informação curta: capas de livro, sinalética, logótipos, onde qualquer espaço mal definido é motivo para criar "ruído" na descodificação da mensagem escrita.

É por isso que senti que era agora a oportunidade de publicar (o que há muito digo nas aulas) sobre o miserável kerning do logótipo do Montepio. Sei que já tem para aí uns 6 anos, mas nunca é tarde para apontar o dedo aos designers ou publicitários que ganham dinheiro com trabalho descuidado.
Sempre que olho para a imagem institucional do Banco, apetece-me pegar no "i" e no "o" e chegá-los mais para dentro. Como isso é impossível, aqui fica este post.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Planta: o sinal dos tempos

Pois é… longe vão os tempos da dona de casa a quem lhe perguntavam quem é que gostava mais de Planta lá em casa e ela respondia: "Ai, sou eu. Sou uma lambona!…".
Quem é mais jovem pode verificá-lo em http://www.youtube.com/watch?v=Hx2NSsaxS4A.
A única coisa que tenho para dizer é que não percebo bem a quem se dirige esta nova campanha da margarina com sabor a manteiga: para os homens, que ficam "alertas" com as miúdas giras dos cartazes, ou para as mulheres, já que as frases insinuantes (das quais eu destaco "Tão fofo… parece um hamster a comer") são ditas por elas?

Ideias simples para coisas simples

Há já algum tempo que me apetecia dizer bem da campanha que já dura há um bom tempo da TAP (tap discount).
Ideia muito simples, directa e eficaz.
A imagem representa não só o meio onde o negócio da companhia se faz (o ar), como nos remete para o tempo em que tínhamos tempo (e vontade) de ficar a olhar para as nuvens e nelas imaginarmos objectos, pessoas, animais.
A aparente "pobreza" cromática e iconográfica associa-se directamente à característica do produto que são viagens a baixo custo.
Bingo, diria eu.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mafra subtraído

Eu sei que tenho sido muito pouco assíduo neste blog.
Foi por isso que quis acabar 2010 com um post de «luxo».
Há anos que sou fascinado por esta placa de auto-estrada (de sinalização turístico-cultural / património). Já falei dela publicamente inúmeras vezes, mas nunca a tinha conseguido fotografar.
Consegui hoje e aqui está ela. Ela existe na A8 e é suposto promover a visita a Mafra.
A razão do meu fascínio tem directamente a ver com a subtracção de toda a ala Norte da fachada do Palácio de Mafra, o que é genial. Será que desapareceu devido a um truque de magia? Será que quem desenhou semelhante coisa achou que não era necessária, uma vez que era simétrica à ala Sul?
Aceitam-se outras sugestões.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Aeroporto

Há muito tempo que este MUPI me anda a aborrecer!
A MasterCard já é repetente neste blog (ver http://design-city.blogspot.com/2009/12/natal.html).
A imbecilidade continua.
A frase «UM BELO AVIÃO» e a fotografia de uma menina (Ana Rita Clara, já agora) é de um fino recorte. É claro que lá tem um aviãozinho no plano do fundo, para disfarçar, mas… de nada serve.
O slogan anexo ao principal então, é do melhor: «
Um cartão para uma viagem de sonho ou para se produzir». Associa duas ideias de um modo tão atrapalhado, sei lá, faltam-me as palavras de tão mau que é.
Para finalizar, outro slogan maravilhoso (igual ao do post referido anteriormente):
"Saber que há coisas que são só portuguesas, não tem preço".
Mas de que raio é que eles estão a falar?!?!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

11h30 e o Sol não está a pino

Sabem aquela cena do sol? Que teimosamente repete o mesmo todos os dias? Nasce a nascente, ao meio-dia está por cima das nossas cabeças e põe-se a poente? Sabem não é?
Pois... mas os criativos da Guimarães 2012 não!
Os algarvios passaram-se com o facto de Portugal estar repleto de mupis a dizer que em Agosto de 2012 as praias do Algarve vão estar vazias pois o «people» vai estar em Guimarães por causa da Capital Europeia da Cultura.
Eu e o meu amigo Nuno (obrigado pela dica) passámo-nos foi com a fotografia, que ilustra uma praia algarvia às 11h30 da manhã... Vazia, é um facto, mas simplesmente porque não são nada 11h30, mas para aí umas 7h00 (quando o «people» está a ressonar ainda), como se pode comprovar pela luz e pelas longas sombras! Brilhante!!!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

beautiful logo

No comments… (restaurante em Tavira).
Convém clicar para ver o trabalhinho na sua plenitude...

Letras trocadas "originais"

Pior do que colocar letras ao contrário em "flip horizontal" (ver post anterior) que resultam em ficarem com o seu contraste trocado (partes mais finas onde deviam estar as mais grossas e vice-versa) é desenhá-las originalmente desse modo. Indesculpável!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Letras ao contrário (parte 2)

Na sequência do post anterior, existe um outro modo de inverter letras irritante, que é fazer um "flip" horizontal. O mesmo senhor Agostinho também não consegue ver a diferença entre colocar um "A" de frente ou de costas, argumentando que é uma letra simétrica, por isso tanto faz. "Não é tanto faz, não senhor. Não sei se sabe mas o contraste de um tipo de letra – que é a diferença de espessuras entre as partes mais finas e as partes mais grossas – é atribuído de um modo natural e decorrente da escrita caligráfica, como pode ver no exemplo «ABC». Ao colocar-se uma letra simétrica que seja simétrica em relação ao eixo vertical (A, V, M, W, O, etc.) se a colocar de costas, as relações de contraste fino/grosso ficam adulteradas e a letra não parece natural, como pode ver nas palavras AVE vermelha e preta. Vá: tire lá esse A de ARTE e coloque-o de novo, agora de frente, ok?"
(Esta fotografia, já agora, foi tirada na Rua Augusta)

domingo, 15 de agosto de 2010

Letras ao contrário (parte 1)

É pá! Isso é que não!... Se há coisa que me tira do sério é não explicarem aos senhores que colocam letras recortadas individualmente que há uma orientação própria para cada letra.
"Não senhor Agostinho (nome inventado)... a letra S de Santander Totta não se pode colocar de pernas para o ar e não se lê do mesmo modo, como o senhor defende!!! Não sei se sabe mas as formas de cada letra desenhadas na parte de cima (hemisfério norte, digamos...) têm mais peso do que as colocadas na parte de baixo... os senhores designers que desenham letras conhecem bem esse fenómeno visual e então passam a vida a contrariá-lo, desenhando as formas de cima menores que as de baixo... e mais: qualquer forma colocada ao centro geométrico da altura parece descaída... portanto além das formas menores em cima eles desenham o centro um pouco acima do meio da altura, dando assim a ilusão de que a parte de cima é igual à parte de baixo, em letras como o S, o B, o E, o K e o H. Faça o favor de tirar esse S, de o rodar 180º e de colocar como deve ser".
(esta fotografia foi tirada em Tavira, já agora)

Desisto


Pronto! Desisto. Cartazes turísticos sobre o Algarve, o Expresso, e outros tantos casos que não consegui fotografar usam as palavras partidas... É mesmo fashion partir palavras, com ou sem nexo, com ou sem hífen. O problema deve ser mesmo meu! Nunca mais venho dizer mal desse assunto. Vou ter de começar a fazer o mesmo (ou talvez não)...

sábado, 31 de julho de 2010

Water Closet

Mais um post com uma foto que não é minha (obrigado SM).
Mais uma pérola de sinalética urbana (desta feita algarvia).
Alguém se atreve a interpretar os seus segundos sentidos?
Só queria adiantar que até no mau design a mulher continua a ser discriminada.

(Tenho pena de há long time ago, e também no Algarve, eu não ter podido fotografar o sinal de trânsito mais «original» que já vi, que era exactamente um sinal de Stop que em vez de ser octogonal, era hexagonal...)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Woody Woodpecker

É pena não ter sido eu a tirar esta fotografia (um obrigado ao João Gonçalves) de uma ementa (até porque nem estou de férias), mas serve para inaugurar a época de Verão.