domingo, 30 de janeiro de 2011

Kerning (ou "espacejamento entre 2 caracteres")



Confesso estar envergonhado por só há dias ter tido conhecimento do excelente blog "The Ressabiator", de Mário Moura (http://ressabiator.wordpress.com).
Três dos seus posts mais recentes (com polémica incluída) abordam o "kerning": http://ressabiator.wordpress.com/2011/01/12/atencao-ao-pormenor
http://ressabiator.wordpress.com/2011/01/20/fazer-bom-kerning-pelos-vistos-e-pecado
http://ressabiator.wordpress.com/2011/01/27/tipografia-grafico
e fico feliz em saber que há outros que se preocupam com o pormenor tipográfico.

O kerning é um dos aspectos do espacejamento de texto.
Enquanto que o tracking é o espacejamento geral do texto (que para ser alterado tem de se seleccionar uma palavra, linha de texto ou parágrafo, nos programas gráficos), o kerning é o espacejamento particular entre cada 2 caracteres de um texto (que para ser alterado tem de se colocar o cursor a "piscar" entre cada par de caracteres).
O controlo rigoroso do kerning em programas gráficos não fará sentido em texto corrido (por todas as razões e mais alguma), mas devia ser obrigatório em informação curta: capas de livro, sinalética, logótipos, onde qualquer espaço mal definido é motivo para criar "ruído" na descodificação da mensagem escrita.

É por isso que senti que era agora a oportunidade de publicar (o que há muito digo nas aulas) sobre o miserável kerning do logótipo do Montepio. Sei que já tem para aí uns 6 anos, mas nunca é tarde para apontar o dedo aos designers ou publicitários que ganham dinheiro com trabalho descuidado.
Sempre que olho para a imagem institucional do Banco, apetece-me pegar no "i" e no "o" e chegá-los mais para dentro. Como isso é impossível, aqui fica este post.

2 comentários:

  1. O pior programa para se trabalhar com o Kerning:

    Corel Draw

    O melhor programa para trabalhar com o Kerning:

    Freehand (isso mesmo... o antiguinho e desactualizado freehand)

    O melhor programa fazer trabalhar o Kerning de forma automática, normalmente dá jeito em textos longos, livros, revistas, jornais...

    InDesign

    Mas parece que com o tempo, os novos programas que vão surgindo no mercado já nem dão para trabalhar o Kerning. E se dão é necessário procurar muito pelo tool, que anda escondido algures num sítio do programa que nem terá a ver com tipos de letra. hehe

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  2. Gosto particularmente deste: http://www.typophile.com/node/69252

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