terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal

É com estes elementos que é feito este MUPI natalício:
  • "Só nós damos corda aos sapatos"
  • "Um cartão para renovar o guarda-roupa ou para os últimos preparativos de Natal"
  • "Saber que há coisas que são só portuguesas, não tem preço"
  • uma fotografia de um pai-natal com um manípulo de dar à corda nas costas e calçado com uns sapatos de ténis (ou sapatilhas, conforme a região...)
  • fotografia de dois cartões Mastercard
  • logótipo MasterCard.
Uma perguntinha só: alguém sabe explicar o sentido disto tudo?

8 comentários:

  1. A explicação é óbvia. Natal e dinheiro e fazer as pessoas terem cartões de crédito, para gasrarem no Natal. Tem lá um comentário a aliciar à compra do que é Português, puxar pelo orgulho Patriota. Manobras de marketing, um bocado desesperadas e desprezíveis a meu ver. Isto para mim nem é considerada publicidade criativa, mas puramente manipulativa. "Tenham cartões de crédito, é Natal, vocês não têm dinheiro, precisam de cartões de crédito, e o que é nacional é bom". Boas Festas, e boa continuação com o blog.

    TSR - DTAG

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  2. Esqueci-me duma coisa. Os ténis gigantescos são o "sapatinho" que é suposto ter prendinhas. É um sapatinho grande, para subliminarmente, atrair ainda mais as pessoas. "WOW, vou dar bué prendas, o sapatinho é grande. Fico duas semanas a comer sopa de nabo, mas o sapatinho tá cheio". (LOL, a ironia fica sempre bem) ;)Mas enfim, acho que em pleno século 21, a taxa de burros que acreditam neste tipo de publicidade, e se deixam levar por aquilo, já é bem menor. :)

    TSR - DTAG

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  3. Já agora, obrigado por esta prenda de Natal, um exercício de análise que nem é difícil. E retribuo a prenda, deixando aí a solução do exercício. Costumo vir espreitar este blog, e já me ri bastante com o que leio aqui. E também aprendo coisas interessantes.

    TSR - DTAG

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  4. Dão corda aos sapatos em forma de ténis, visto não serem os sapatos|ténis a terem própriamente o ou um manípulo. O que é que se faz? da-mos evidência aos ténis, perdão, sapatos, aumentando-os desesperadamente…
    Acho que sim, acho que este MUPI se enquadra perfeitamente nesta época. Até o Pai Natal vai comprar uns ténis à última da hora e depois acontece não terem o número de calçado dele…

    Já agora um Feliz Natal

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  5. A analogia dos ténis, penso que seja outra. A linguagem, tem que ser interpretada consoante o seu contexto, e aqui existe um contexto composto por vários. "Só nós damos corda aos sapatos" tem múltiplas leituras. Uma expressão da Mastercard, dizer que eles é que têm dinheiro e o emprestam para mexer/encher os sapatos. Fazer o dinheiro circular, são os anjos que dão dinheiro, dão corda para haver movimento económico. Pois não se podem ignorar todos os contextos que existem. Há que saber ler a mensagem no seu todo. Só assim se obtém uma interpretação completa. Já agora, se calhar vamos deixar de ver o coelho da duracell correr tanto que a Mastercard roubou-lhe os ténis LOL
    E anda-se a apelar muito ao consumo de produtos Portugueses, de forma a estabilizar a nossa economia. Basicamente, estão a usar tudo o que atinja a consciência do público alvo, mal e porcamente, para fazerem as pessoas irem tipo zombies esfomeados, adquirir cartões de crédito. E não de uma boa forma. Até imagino o filme Resident Evil, com um monte de zombies de cérebro todo frito, a balbuciar (natal ... duuuh ... prendas ... duuuuh)

    TSR - DTAG

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  6. E então o: "saber que há coisas que são só portuguesas, não tem preço"?
    Portuguesas?! Que coisas são essas?! O MasterCard?! o Pai Natal?!
    Este anúncio é feio e mau!!! Nada se aproveita mesmo...

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  7. O "Saber que há coisas que são só portuguesas, não tem preco" tem outra analogia. Como se sabe, quer-se fazer com que o mercado nacional cresça, e é lógico que os publicitários, sabem apelar ao íntimo das pessoas. Basicamente, a frase, é uma sugestão a comprar produtos portugueses, e metendo ali um bocado de pena à mistura. "coitada da nossa economia, precisamos de comprar produtos portugueses para ver se isto melhora". O tal espírito patriota que já tinha referido acima. Como disse, e volto a repetir, as coisas estão feitas cada vez mais como um conjunto de várias leituras que criam uma única. É preciso descontruir cada leitura separadamente, para compreender o todo do arranjo publicitário. A mente humana esconde muitos segredos, e há quem use e abuse de quem não os saiba. Explorem, defendam-se. Metam-se no papel do consumidor inocente, que é levado pelo jogo psicológico da publicidade. Façam boa publicidade. O assunto é mais profundo do que parece. Na realidade, todo o conceito deste MUPI não é mau. Apenas está explorado de uma forma manipulativa, não de uma forma apelativa e livre aos olhos do consumidor, em que se percebe o que ali está, em vez de ser um zombie do consumo.

    TSR - DTAG

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  8. Ora bem, existem expressões e nomenclaturas que são exclusivamente portuguesas, tais como: "Dar corda aos sapatos"; "Bucha (para a parede ou pequeno petisco); "Desenrascanço :)". Assim como existem expressões exclusivas de outros países, tais como na Inglaterra: "Bingo-wings". Foi a pensar nestas expressões que criaram o copy da campanha, surgindo: "Só nós damos corda aos sapatos"; "Só nós comemos os sonhos"; "Só nós comemos uma bucha"; etc. Agora a nível de expressividade da campanha, foi um pouco medíocre, já vi muito melhor!!!

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