
Quem me conhece sabe que eu e os tipos a imitar letras manuscritas não nos damos muito bem.
Tudo tem a ver com o facto irritante de todas as letras serem iguais entre si – coisa impossível de acontecer quando escrevemos à mão (conforme tenho defendido, se se quiser uma ou duas palavras escritas à mão, escrevam-se
à mão [como o próprio nome indica], digitalizem-se e coloquem-se nos trabalhos de design...).
Ainda assim é difícil vivermos sem estes tipos
script sobretudo em convites de casamento e em ementas de restaurantes
finos, ou com pretensões a tal). No entanto, é preciso saber usá-las! O desgraçado do
type designer gasta o seu suór a desenhar as terminações de cada letra de modo a que elas encaixem na perfeição umas nas outras, simulando assim a caligrafia. Por isso mesmo
é criminoso espacejar o texto (com tracking positivo ou negativo) conforme se pode ver no "belíssimo" logo do Garrett 29 (prédio de luxo cujos apartamentos estão à venda por 1 milhão e trezentos mil euros cada).
Já que falo nisto: as maiúsculas em letra manuscrita só podem ser usadas no início de frases ou em nomes. Nunca, mas nunca, escrevam palavras manuscritas em
caixa-alta, por favor!...